O fenômeno climático El Niño promete período prolongado de seca durante o segundo semestre de 2023. Com início da seca prevista para o mês de julho e fim somente em outubro ou novembro, o fenômeno possui 56% de chances de ser considerado forte de acordo com meteorologistas da Administração Nacional de Atmosfera (NOAA) dos Estados Unidos.
Conhecido por causar o aquecimento anormal das águas equatoriais do oceano pacífico, sua ação deve elevar a temperatura do planeta e provocar o prolongamento das secas no segundo semestre desse ano, causando maior impacto nas regiões semiáridas.
Seca Prolongada
A notícia da possibilidade de seca prolongada deixa o setor agropecuário em alerta. Isso porque a produção de alimentos no sistema de agricultura de sequeiro – dependente apenas da água da chuva – acaba sendo uma aposta arriscada. Sendo assim, a possibilidade de variações climáticas bruscas exige a ajuda da tecnologia para oferecer mais estabilidade ao cultivo, em especial quando se trata de irrigação.
O assunto não é uma novidade para o Brasil: de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) a agricultura irrigada é responsável por aproximadamente 40% do valor gerado pela produção agrícola em terras brasileiras, mesmo correspondendo a apenas 7% das áreas consideradas cultiváveis. Ou seja, esses sistemas de irrigação possibilitam a agricultura em regiões de escassez acentuada de água ou locais com períodos longos de estiagem.
Na prática, o estabelecimento de sistemas de irrigação pode garantir a produção agrícola mesmo durante os períodos de estiagem, o que fortalece a economia de diversas regiões e suas populações. A implantação de sistemas de irrigação possibilita o cultivo de plantas que não seriam viáveis em regiões consideradas secas. Do mesmo modo, outro benefício é que a agricultura irrigada aumenta a produtividade: as plantas recebem água e nutrientes em quantidades adequadas e regulares, o que contribui para um melhor desenvolvimento dessas espécies.
No entanto, a agricultura irrigada possui diferentes métodos e a escolha entre elas envolve pensar nas condições locais, assim como nas vantagens e desvantagens. No Brasil a irrigação por pivô central é o sistema mais utilizado, estando presente em mais de 55% das áreas de agricultura irrigada no território nacional segundo informações da Abimaq (Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos). Nesse sistema de irrigação uma linha lateral suspensa por torres de sustentação gira em torno de um ponto central, chamado de pivô. Essa linha lateral se desloca e asperge a água sobre a plantação. Do mesmo modo, existem diversos outros sistemas para irrigação, cada um oferecendo diversos prós e contras.
Atualmente a tecnologia oferece diversas maneiras tornar a produção de alimentos mais estável e sustentável. Diante disso, a irrigação é uma solução viável para contornar a insegurança causada por estiagens prolongadas e escassez hídrica.
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